terça-feira, 1 de novembro de 2011

Fome


Nem uma palavra frutificou
Em meu po(e)mar
Nenhum murcho verbo em minha dispensa
Em minha mesa de jantar

Esfaimado, então, pus-me a perguntar:

O quê comer? Do que me alimentar?
Onde conseguir
A substânciaverboalimento
Que há de me nutrir?

E as musas disseram-me assim:

Todos os poetas são canibais!
Alimentam-se da carneverboescrita
De seus ancestrais
Todos os poetas são canibais!

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