sexta-feira, 23 de abril de 2010
Do tempo abstrato ou sobre os relógios
(Persistência da memória - Salvador Dali)
Ho! Não enquadrem meus momentos em números
Não me digam quanto tempo me falta,
minha vida não é uma contagem regressiva pra morte.
Eu não irei me pré-ocupar com o inevitável.
Se posso fazer escolhas farei a de não me temporizar,
prefiro me momentizar, assim: Viver o momento!
Prefiro não ter tempo nenhum assim não poderei temer perdê-lo,
viverei um tempo alternativo.
Almejo uma física sem espaço nem tempo,
sem relógios ou fitas métricas,
e não peçam razão, pois não pretendo justificar minhas escolhas.
Não possuo metafísica, não pretendo as causas ultimas para explicar certo ou errado...
Agora estou além da física, mas em lugar algum,
além do tempo abstrato, sem tempo algum.
A maior sabedoria sobre o tempo não está nos números ou em sua sistematização,
a sabedoria ultima consiste em apenas viver, sem tempos nem espaços delimitados por abstrações numéricas.
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