De um gosto pesado e profundo
obstruindo gargantas
como pedras sobre cartas
De palavras encarceradas no medo,
pulsando nos poros,
vermelhas como as faces da cólera
De peitos encarecidos pelas adquiridas
formas brilhantes de pedra
Corações de diamante
cristalizados pelas idosas lágrimas
e de olhares opacos, presos ao chão pelo peso dos anos
Amarelas lembranças, pálidas feito dias sem fogo,
propagam sabores irradiados no vento
amargos como palavras de mágoa,
secretos como cultos pagãos,
latentes feito desejos proibidos
E na surdez, no silêncio escondido dos corações lapidados,
há um revolto mundo rochoso, mudo, não dito,
buscando formas camufladas e simbióticas
se expressando como quimeras