sexta-feira, 30 de julho de 2010

Transeunte





Percorro o sonho terrestre invisível como o vento noturno
que chacoalha a relva e lhe cava túneis
sibilando rasteiro nas trevas da noite banhadas no prata da lua
Cavalgando instantes nos galopes do tempo
enquanto invento a vida

Percorro o sonho terrestre apreciando os seres,
transitando sonhos alheios,
e divagando dúvidas, pois a certeza pertence às pedras.

Movo-me mudo, azul, como uma nuvem contra o céu noturno
ou mergulho a tormenta dos oceanos profundos dos corações distantes
Existo como brisa calma e fogo selvagem

Percorro o sonho terrestre paciente como um escultor,
buscando formas enquanto entalho idéias.
Percorro o real terrestre vivendo o mais profundo dos sonhos
através destes dias reais