Não cultuarei a beleza
Não admirarei os astros da caixa de plasma
Nem os seios da cerveja
Não me cegarei na tua gravata de seda
Ou no teu vestido de cetim
Quero sem medo encarar o mal que me assusta
No olhar perdido no abismo negro de rugas
Do homem que perambula a cidade
Não cultuarei tua imagem
Nem afagarei teu ego
Não dançarei as danças do acasalamento sem música
Nem venderei meus dias em troca de uma carruagem conversível
Apenas para ter um sorriso de plástico ao meu lado
Quero sem medo encarar os gemidos daqueles que pagam pelo luxo dos prédios
E nos sussurros esquecidos dos loucos que andam sem rumo
Escutar as verdades sobre a origem do mal
Nenhum comentário:
Postar um comentário