quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Alhures



O gélido astro noturno timidamente ocultado entre nebuloso acortinado de nuvens

emana acinzentada luz opaca que atravessando a vidraça

desenha grades e árvores contra a parede


A sinistra noite envolve os seres em seu amniótico manto escuro

enquanto a amarelenta luz mecânica despenca do poste plagiando claridez diurna,

iluminando a ruela por onde perambula trôpego o homem sem amanhã


Confortavelmente congelado em larga poltrona encouraçada

meu ser ignora a estaticidade das sombras

vagando alhures


A noite permanece imóvel como uma falha no tempo








Esta foi uma poesia que saiu em um catálogo de um evento chamado SESC Amazônia das artes.

(Na página de 03/08/2010)