O gélido astro noturno timidamente ocultado entre nebuloso acortinado de nuvens
emana acinzentada luz opaca que atravessando a vidraça
desenha grades e árvores contra a parede
A sinistra noite envolve os seres em seu amniótico manto escuro
enquanto a amarelenta luz mecânica despenca do poste plagiando claridez diurna,
iluminando a ruela por onde perambula trôpego o homem sem amanhã
Confortavelmente congelado em larga poltrona encouraçada
meu ser ignora a estaticidade das sombras
vagando alhures
A noite permanece imóvel como uma falha no tempo
Esta foi uma poesia que saiu em um catálogo de um evento chamado SESC Amazônia das artes.
(Na página de 03/08/2010)