terça-feira, 19 de abril de 2011

Poesia urbana



Eu ando pelas ruas escutando o som de máquinas
deslizando sobre o negro asfalto
Transportando sonhos,
pensamentos e corações

Mais um sonho e mais um sonhador morreram atropelados
 pelo próprio transporte
e fomos testemunhas de passagem
do insentido pesadelo di’alguém

Ao som de bips e imagens gigantes nos outdoors
Que avisam que cor terá o outono
Inverno

E os poetas radicais-modernos
Usam ray-ban e fazem versos virtuais
Cantam
Poesia urbana!
Poesia urbana!

 Garotas dançam ao sabor de pílulas e papéis
Adorando modernos deuses químicos
Do alto da torre os velhos vilões
Criam as proibições

E depois as vendem em qualquer esquina
Olhos deslizam as escadas rolantes
Comprando as imagens da televisão

Os casais se abraçam à luz da lua em blue-ray
Vivendo amores e fantasias
Digitais

E os poetas, livres radicais, modernos
Usam penas online em seus note-books
Cantam pela rede
Poesia urbana!
Poesia urbana!


14 comentários:

Anônimo disse...

Grande quimica transparente.
ótimo.

Arte- hístico disse...

"...E os poetas, livres radicais, modernos
Usam penas online em seus note-books
Cantam pela rede
Poesia urbana!
Poesia urbana!"

Excelente percepção brother...
"Poesia do norte é um selvagem computadorizado..."
Amplexos

Camy disse...

Nossa...

Parabéns pelo pela poesia...

Contrasta a nossa realidade...

Poetas e jornalistas...

Criamos palavras as imagens que nos vem à mente e coração...

=)

Bárbara Sales disse...

Eu não sou poeta, mas já refleti sobre isso, outro dia pensava nesta, sem nunca ter lido, hoje... lendo... vejo meu mundo perdido.

Elias Balthazar disse...

"Selvagem computadorizado"
Somos a tribo hightec da amazôniavirtual

Hahahaha

Um hurra!

Amplexos

Elias Balthazar disse...

Oi Camy,

Vero há uma nova concepção de escrita no ar. Entendo que a escrita deva buscar novas formas, mais exclusivas, tendo em vista quantidade de mídias existentes em nossa atualidade.

:)

Elias Balthazar disse...

Olá Bárbara,

Em que essa poesia faz você ver seu mundo perdido?

Marcela Bonfim disse...

Grande quimica transparente.
ótimo. (2)

João Maria Ludugero disse...

Gostei muito daqui. Por isso vou voltar. Gosto de poesia. Por gentileza, se puder, me "persiga".
Hiper abraço,
João.
www.ludugero.blogspot.com

Elias Balthazar disse...

Seja sempre bem vindo ao Poemário João

Selene * disse...

Grande quimica transparente.
ótimo. (3)

Lindo!

Rubens Vaz Cavalcante disse...

O tambor da tribo
batendo na lata

Lari disse...

Adorei seu blog, as poesias são lindas, estou seguindo, beijo!

Everaldo Pimentel disse...

Meu brother fico muito feliz por vc.
Em saber que fomos colegas de escola e o mais incrível que vc tenha se lembrado de detalhes bacanas da época de escola. Valeu