segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Exposição "Retratos poéticos" - Rede amazônica





Exposição que une os olhares fotográficos de Michele Saraiva e a contemplação poética de Elias Balthazar. Realizada pelo SESC/RO.



Imagem e verbo



A imobilidade da fotografia não é momento preso,

nem silêncio imposto, é dialogo em potencial.

Se meu verbo é cego e tua imagem muda

nos emprestemos então os sentidos ausentes

e façamos da falta a completude.



Elias Balthazar

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Alhures



O gélido astro noturno timidamente ocultado entre nebuloso acortinado de nuvens

emana acinzentada luz opaca que atravessando a vidraça

desenha grades e árvores contra a parede


A sinistra noite envolve os seres em seu amniótico manto escuro

enquanto a amarelenta luz mecânica despenca do poste plagiando claridez diurna,

iluminando a ruela por onde perambula trôpego o homem sem amanhã


Confortavelmente congelado em larga poltrona encouraçada

meu ser ignora a estaticidade das sombras

vagando alhures


A noite permanece imóvel como uma falha no tempo








Esta foi uma poesia que saiu em um catálogo de um evento chamado SESC Amazônia das artes.

(Na página de 03/08/2010)



quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A cidade de Sophia




O conhecimento é como uma cidade
onde cada rua leva o nome de um pensador indicando um caminho que se pode seguir.
Estas estão organizadas em ordem lógica
de modo que ao se seguir um pensador desembocar-se-á em outro
podendo-se caminhar por entre todo o conhecimento humano.
Porém, como toda cidade existem os limites
e é ai que devemos construir
nossa própria rua